estilhaços de vidro no chão da rua ao sol
estilhaços da alma para colar devagar
colagem manual com as mãos a sangrar
da arte da reconstrução depois das bombas
a Grande Guerra privada de todos nós
quando a auto estima falha e o canhão é a voz
queimei os mapas e o planos secretos
agora é tudo terra de ninguém
mas todos reclamam o seu quinhão
medalhas de arrogância pelo peito espalhadas
todos dispararam o canhão à sua vontade
e agora exibem os louros da verdade
com uma venda nos olhos percorrem agora cegos
as ruas vazias da cidade
com os pés descalços sobre cacos de vidro
com um olho no lugar do umbigo.